Foto: Carlos Alberto/SEAP DF
Depois de enfrentar longas greves em 2012, o Buriti planeja um novo modelo de negociação com os servidores públicos. Segundo o secretário de Administração Pública, Wilmar Lacerda, a partir de agora os entendimentos para todas as categorias terão triênios como base e embutirão a recuperação das perdas inflacionárias dos anos vindouros. As projeções para os próximos anos apontam média de 5% de inflação anuais. Nesse sentido, o GDF deverá começar as negociações pelos segmentos da Segurança Pública, Saúde e Educação.
“Talvez isso nos dê tranquilidade para, em vez de ficar fazendo negociação coletiva, pautar novo debate com o servidor público”, disse o secretário. Guardadas as devidas proporções, a estratégia do GDF segue a mesma regra adotada pelo Governo Federal, que concedeu reajustes para servidores de 15% divididos ao longo dos próximos três anos.
“Na questão da Segurança Pública estaremos dando um tratamento isonômico ao conjunto das categorias. Nós não vamos conceder reajuste da Polícia Civil que não seja concedido à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros. Vai ser na mesma proporção para todos”, disse Wilmar.
Nas tratativas com o Palácio do Planalto, o GDF já conseguiu sinal verde para os policiais civis. Na semana passada, o GDF apresentou para o Governo Federal a proposta de ampliação uma gratificação que é a Vantagem Pecuniária Especial ( VPE ). Nos cálculo do Buriti, a ampliação dessa gratificação possibilitará a correção dos salários dos policiais militares e bombeiros para os próximos três anos.
Depende do aval do Planalto, mas Wilmar está otimista. “Embora as demais unidades da Federação questionem muito os níveis salariais das nossas Polícia Civil, Militar e Corpo de Bombeiros, nós estamos muito próximos de convencer a presidenta Dilma e o Governo Federal dessa política. De zero a dez, hoje eu diria em torno de oito”.
MARCAÇÃO CERRADA
A partir de Janeiro de 2013, o GDF deve implementar novo modelo de gestão dos servidores para aumentar a eficiência da máquina pública.
O sistema acompanhará toda a vida do servidor do concurso público até a aposentadoria. O quadro de funcionários passará por constantes análises de desempenho e produtividade.
A avaliação não se limitará à figura do servidor, mas também será aplicada nas equipes de trabalho e nas áreas de trabalho.
”Teremos parâmetros de desempenho. E teremos uma diálogo mais frequente com os servidores”, prometeu o secretário de Administração Pública, Wilmar Lacerda.
Nada de aumento linear
O novo modelo de negociação não significa que 2013 será um ano de gastos liberados com os servidores. “ A palavra para o ano que vem, em termos de servidores públicos, é certamente essa: nem muito insatisfeitos, nem muito satisfeito”, declarou Wilmar.
O secretário calcula que a receita de DF não é suficiente para dar reajustes salariais generalizados: “O conceito é esse. Mas nós não temos recursos suficientes para implantar planos em 100% das categorias”.
Por isso, dentro do novo modelo, o governo avaliará cada caso dentro de margens de risco em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Para o secretário, o governo fará o possível para evitar perdas salariais, mas não há condições para bancar reajustes médios, como foram realizados em um passado não tão distante. No caso das categorias com salários muitos abaixo da média do DF ou da média nacional, Wilmar não descanta a possibilidade de recomposições salariais mais fortes.
Fonte: Jornal de Brasília
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