Pular para o conteúdo principal

Governo do Distrito Federal afirma que pode intervir em outras empresas de ônibus


Investimento com intervenção no Grupo Amaral será de R$ 15 milhões



Lula Lopes/GDF
Governo do Distrito Federal afirma que pode intervir em outras empresas de ônibus
Desde as primeiras horas do dia, a operação das linhas está a cargo da TCB, empresa pública de transportes

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, disse que não descarta a hipótese de o GDF (Governo do Distrito Federal) intervir em outras empresas de ônibus além das três pertencentes ao Grupo Amaral, do ex-senador Valmir Amaral. 

— Esperamos que não seja preciso. Estamos tratando dessas empresas e esperamos que as outras cumpram suas obrigações. Cabe ao governo assegurar o transporte coletivo. Se de alguma maneira isso for comprometido, o governo não hesitará em tomar providências. 

O GDF assumiu, na manhã desta segunda-feira (25), as operações e os controles administrativo e financeiro das empresas Viva Brasília, Rápido Veneza e Rápido Brasília. O governo alegou que a medida foi necessária para evitar o colapso do sistema de transporte público. Desde as primeiras horas do dia, a operação das linhas está a cargo da TCB (Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília), empresa pública de transportes e do DFtrans

A intervenção do Governo do Distrito Federal no Grupo Amara lcustará R$ 15 milhões aos cofres públicos. O valor foi informado durante coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (25), na qual o governador Agnelo Queiroz explicou o motivo ação inédita. 
Segundo Agnelo, quase metade dos ônibus das três companhias do Grupo Amaral não está sendo usada. 

— Quarenta e cinco por cento da frota cadastrada está parada por falta de manutenção e de condições de rodar.

Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, João Osório da Silva, há outras empresas de transporte público na mesma situação que a do Grupo Amaral. Segundo o sindicalista, essas empresas descumprem as obrigações contratuais e também a legislação trabalhista.

— Há cooperativas operando com 10%, 20% da capacidade prevista; empresas que não estão cumprindo o contrato com o governo e há ainda o caso de uma grande empresa que também dá sinais de decadência na prestação de serviços, embora ainda em um grau menos acentuado.
De acordo com Silva, o processo licitatório para a seleção das empresas que vão operar o novo sistema de transporte público coletivo, atualmente em curso, dá ao GDF a oportunidade de resolver os vários problemas, modernizando o setor.

O Grupo Amaral informou por meio de nota que considera o ato "injusto, arbitrário e ilegal". A nota ainda registra que o grupo "tomará as medidas administrativas e judiciais que o caso requer". O grupo afirmou que "as operações nas linhas interestaduais e do Entorno do DF prosseguirão normalmente, sendo que os interventores do GDF já foram informados de que não poderão causar dificuldades na prestação daqueles serviços, sob pena de responsabilidade, inclusive pessoal".


http://noticias.r7.com/distrito-federal/noticias/governo-do-distrito-federal-afirma-que-pode-intervir-em-outras-empresas-de-onibus-20130225.html

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Brasília: Seu futuro será mobilidade urbana.

Mobilidade urbana O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), anunciado para a Copa do Mundo de 2014, só deve ficar pronto depois da competição. Quando estiver concluído, o VLT ligará o Aeroporto Juscelino Kubitschek ao final da Asa Norte, em um percurso de 22,6 km, com 25 estações. Principal projeto para melhorar a mobilidade urbana em Brasília para o torneio, a obra fazia parte da Matriz de Responsabilidade, documento assinado pelo governo do Distrito Federal e enviado à Fifa quando a cidade se candidatou como sede de jogos da Copa de 2014. Os trabalhos foram suspensos pela Justiça e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) cinco vezes antes da anulação do contrato pela 7ª Vara de Fazenda Pública do DF, em abril de 2011. A retirada da lista da Matriz de Responsabilidade ocorreu porque atrasos tornaram impossível a conclusão da obra até junho de 2014. A expectativa do Metrô, responsável pelo VLT, é que o veículo, orçado em R$ 1,55 ...

DFTrans agora é Na hora no Shopping Popular de Ceilândia

Na Hora é inaugurado no Shopping Popular de Ceilândia Unidade proporcionará mais conforto à população e movimentará a economia local. Além da inauguração, foram entregues termos de concessão e alvarás de funcionamento a 694 feirantes Foto: Roberto Barroso A população de Ceilândia comemorou, nesta quarta-feira (28), a inauguração do Na Hora no Shopping Popular da cidade. O local, que fica no segundo pavimento, funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h30, e aos sábados de 7h30 as 12h30. São oferecidos serviços de 26 órgãos do governo, como Detran, Caesb, CEB, INSS e Procon. A obra teve investimento de R$ 2 milhões. O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, acompanhado da primeira-dama, Ilza Queiroz, e do vice-governador, Tadeu Filippelli, participou do evento, que começou com a apresentação de uma dupla de repentistas da Casa do Cantador. “Nosso objetivo é melhorar o atendimento para a população e para a economia local. O cidadão poderá resolver seus problema...

Multa por estacionamento irregular desafogaria tráfego no centro de Brasília

Se nada for feito, trânsito pode parar entre cinco e dez anos no DF DO R7 A frota do Distrito Federal tem aumento diário de quase 600 automóveis. De acordo com o Detran-DF, 588 carros são emplacados por dia e, até outubro deste ano, o número total de veículos já chegava a 1.391.029. Para o especialista em políticas públicas de transportes e pesquisador da UnB (Universidade de Brasília), Artur Moraes, o crescimento deve continuar e, se nada for feito, entre cinco a dez anos, o trânsito vai parar na capital. Ele diz que não é possível que o trânsito absorva a frota que entra em circulação diariamente. Segundo ele, o problema de Brasília é que devido à deficiência no transporte público as pessoas querem andar de carro, o gestor tenta satisfazer essa vontade, mas não há espaço nas ruas. — Esse modelo não deu certo em nenhum lugar do mundo, não dará em Brasília, e isso só vai ser mudado quando a cidade parar de vez. Hoje a pessoa leva uma hora para chegar ao trabalh...